BNZ inaugura duas centrais solares fotovoltaicas de 74 MW em Cádis (Andaluzia)
A BNZ, produtora independente de energia que desenvolve, constrói e explora projetos solares fotovoltaicos, inaugurou, na terça-feira, as suas centrais fotovoltaicas de Alya e Alamak, localizadas no município de Alcalá de los Gazules, na província de Cádis (Andaluzia, Espanha), que contam com uma capacidade total de 74 MW.
Esta é a primeira central inaugurada pela BNZ em Espanha, país onde espera instalar cerca de 600 MWp até 2026. No total, os planos da BNZ passam por desenvolver uma carteira de mais de 1,7 GW de energia solar fotovoltaica no Sul da Europa até ao final de 2026.
A energia limpa produzida por estas duas centrais solares irá responder às necessidades anuais de eletricidade de quase 25% da cidade de Cádis e irá evitar ainda a emissão de 39 031 toneladas de CO2 equivalente por ano, o que representa cerca de 64 800 voos de ida e volta entre Sevilha e Roma.
Neste sentido, como exemplo dos efeitos económicos positivos destes projetos na comunidade local, a BNZ criou entre 560 e 580 postos de trabalho diretos e indiretos e trabalhou com um total de 17 empresas locais.
O Diretor Geral da BNZ, Luis Selva, considera que “a inauguração desta central solar não é apenas um marco significativo, mas também o início de uma grande aventura rumo a um futuro mais sustentável. Este projeto é apenas o primeiro passo do nosso compromisso com a energia renovável e o desenvolvimento sustentável”.
O Diretor de Gestão de Ativos e Responsável pelo Risco da Nuveen Infrastructure, a empresa-mãe da BNZ, Jordi Francesch afirmou: “Estamos especialmente satisfeitos por investir na construção destas centrais fotovoltaicas em Alcalá de los Gazules, o que comprova o nosso empenho na produção de energia renovável em Cádis, na Andaluzia, em Espanha e no Sul da Europa”.
Cesar Moreyra, Diretor Geral do Grupotec, empresa responsável pela construção do projeto, sublinha que “é um orgulho inaugurar esta central fotovoltaica, à qual temos dedicado muitos anos de desenvolvimento, conhecimento e que representa um exemplo de integração nesta paisagem magnífica. Com este projeto, iremos produzir mais de 160 GWh anuais livres de emissões de carbono para a rede elétrica da Andaluzia, o que irá contribuir para uma maior sustentabilidade, ao mesmo tempo que reduzimos a nossa dependência dos combustíveis fósseis”.
Por seu lado, Inmaculada Olivero, Vereadora para a Economia, Finanças e Fundos Europeus e para a Indústria, Energia e Minas de Cádis, explicou que “na Andaluzia queremos garantir uma potência de 26 000 MW de energias renováveis e mais de metade já foi instalada. A província de Cádis tem 17% de toda a produção renovável da Andaluzia, apenas atrás de Sevilha, e continuamos a dar passos importantes”.
Javier Pizarro, Presidente da Junta de Freguesia de Alcalá de los Gazules, acrescentou que “este é um compromisso importante com as energias renováveis e, desde Alcalá, entendemos que tínhamos que aproveitar a capacidade que um terreno compatível com as energias renováveis nos dá. O impacto ambiental e económico beneficiará todos os habitantes de Alcalá.”
Dois projetos que preservam a fauna e a biodiversidade
No âmbito do seu compromisso com o progresso ambiental e social das comunidades locais e para além do cumprimento dos mais elevados critérios ambientais, a BNZ colaborou com as autoridades locais em projetos ambientais para encontrar a maior compatibilidade possível entre a produção de energia limpa e a preservação da fauna e da biodiversidade nas centrais solares.
Dessa forma, a BNZ adotou iniciativas de sustentabilidade que incluem a implementação de estruturas permeáveis com cortinas verdes para facilitam a passagem das espécies animais e para garantir a ligação ecológica, bem como a construção de montes e a plantação de árvores e sebes à volta da central com espécies autóctones como a aroeira, o zambujeiro, a azinheira e a palmeira anã.
Neste sentido, também se conservaram e melhoraram as rotas de pastoreio como a Cañada Real, recuperou-se um ponto de passagem na margem do rio com espécies autóctones como a tamargueira e o loendro, tomaram-se medidas para atrair espécies como o coelho-bravo e realizou-se um controlo para preservar espécies de aves como a águia-imperial e o milhafre-vermelho. Além disso, foram instalados comedouros, fontes de água, abrigos, poleiros e caixas de nidificação para aves, morcegos e insetos.
Por fim, a BNZ também conjugou a produção de energia solar com práticas agrícolas, implementando iniciativas agrivoltaicas no projeto. Esta iniciativa permite melhorar a qualidade do solo ao reduzir a evaporação de água e projete as plantações do excesso de calor através da sombra projetada pelos painéis solares.