Meet the Team – Rafael del Río
MEET THE TEAM – RAFAEL DEL RÍO
- Qual é a sua posição na BNZ?
Sou Project Manager do departamento de Engenharia e Construção para os projetos em Itália. Dedico-me ao acompanhamento dos projetos na fase de construção, garantindo os prazos e a qualidade
- Há quanto tempo trabalha no setor das energias renováveis?
Desde 2017, começando com a monitorização de pequenos parques fotovoltaicos com pouco mais de 1 MW.
- Como considera que o setor tem mudado nos últimos anos?
A maior mudança está na magnitude dos projetos que estamos a construir hoje em dia. Durante o primeiro “boom” em Espanha, por volta de 2007, quando havia incentivos, as maiores centrais dificilmente atingiam os 2 ou 3 MWp. A tecnologia evoluiu para soluções mais eficientes e muito mais rentáveis.
- Quais são os principais desafios para o setor nos próximos anos?
No setor, fala-se muito sobre a necessidade de melhorar a distribuição de energia e a regulação na rede. Mas acredito que outro grande desafio que enfrentamos é a coexistência com o meio. Ou seja, é necessário continuar a inovar e a desenvolver soluções que sejam simbióticas com os espaços e ambientes onde este tipo de projetos é instalado, seja com a fauna circundante, com as comunidades locais, ou com a possibilidade de manter as atividades agrícolas nesses terrenos.
- E a longo prazo?
Um dos maiores desafios a longo prazo é a produção descentralizada, onde teremos milhões de pequenos produtores e será necessário garantir que a rede de distribuição elétrica não entra em colapso. Imagino que, dentro de algumas décadas, tal como agora o TSO pode enviar instruções de regulação aos grandes parques produtores de energia, serão enviadas instruções de regulação a cada um.
- O que diferencia o BNZ dos seus concorrentes?
Um dos grandes valores que diferencia o nosso ADN é a dedicação de toda a nossa equipa. Mesmo sendo uma pequena empresa, estamos a alcançar os mesmos objetivos que outras empresas de maior dimensão. Procuramos apostar no valor acrescentado dos nossos projetos a nível local; é algo que, aos poucos, está a refletir-se nos nossos projetos mais avançados e que, sem dúvida, fará a diferença.
- Onde imagina a BNZ nos próximos 5 anos?
Espero que conte com uma vasta carteira de ativos já consolidada e com o foco voltado para as novas soluções, como tecnologias que aproveitem a força das marés, centrais de hidrogénio, baterias, etc.
- Que países estão a fazer maiores investimentos na energia fotovoltaica?
Acho que é uma corrida global; atrevo-me a dizer que há uma consciência mundial, e vemos como as renováveis, em especial a fotovoltaica, podem ajudar a combater as alterações climáticas, tão presentes nos nossos dias. Sem dúvida, onde observamos maior promoção de projetos fotovoltaicos é nos países mais desenvolvidos e cujas reservas de combustíveis fósseis não são abundantes, como os países da Europa.
- Que pedido faria à administração pública para promover as energias renováveis?
Como muitos outros envolvidos neste setor, as entidades públicas foram um pouco apanhadas de surpresa com este “boom” e, aos poucos, têm vindo a articular mecanismos para regular esta transição. No entanto, se quisermos cumprir os objetivos tão ambiciosos que temos para 2030 e 2050, deve haver uma uniformidade legislativa e processos burocráticos mais simples. As entidades públicas também devem comprometer-se a alcançar estes objetivos e a disponibilizar mais recursos.
- E ao resto da população?
Aqui, acho que a responsabilidade está mais do nosso lado, dos produtores, que devemos promover e dar valor acrescentado às comunidades e aos cidadãos. Estes, por sua vez, devem dar uma oportunidade às renováveis e não as ver como um benefício para poucos, mas como um bem comunitário. Para isso, é essencial que os projetos alcancem uma sinergia local.
- O que faz no seu quotidiano para reduzir a sua pegada de carbono?
Na BNZ, temos a possibilidade de trabalhar remotamente, por isso, todos os dias evito ter que usar um meio de transporte para me deslocar até ao escritório. Tento reduzir ao mínimo o uso do carro e deslocar-me sempre a pé ou de bicicleta.
Em detalhe
- Um passatempo: Os desportos aquáticos; estou a retomar a minha ligação ao surf, assim como à formação contínua. Estou sempre a frequentar algum Mestrado ou curso.
- Um país para visitar: Uruguai
- Uma cidade para viver: Bilbau
- Um animal: O coala
- Um filme ou serie de TV: This is Us
- Um livro: “O monge que vendeu o seu Ferrari, de Robin S. Sharma
- Um tipo de gastronomia: Grega
- Uma figura histórica: Pitágoras
- Uma cor: Índigo